Deslocamentos humanos foi o tema de 2017; a discussão sobre a semana da alimentação saudável que vai além das migrações em todo o mundo!
Para divulgar e debater a importância da segurança alimentar, buscar soluções para a fome no mundo e garantir estratégias para disponibilizar alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para todos, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) criou, em 1945, o Dia Mundial da Alimentação.
Dia Mundial da Alimentação
O dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro. A semana em torno dessa data é marcada por uma série de atividades e programações temáticas em todo o mundo, e é chamada de Semana da Alimentação.
Todo ano ela tem um foco inédito e atual, e, em 2017, a FAO escolheu os deslocamentos humanos para compor o tema “Mudar o futuro da migração: investir em segurança alimentar e desenvolvimento rural”. O tema foi selecionado devido à crescente crise de refugiados motivados por conflitos e instabilidade política que diversas nações enfrentam.
Estima-se que, em 2015, 244 milhões de migrantes cruzaram as fronteiras de seu país, 40% a mais do que o volume que havia no ano 2000, chegando inclusive ao Brasil, como é o caso dos haitianos, bolivianos e colombiano, principais nacionalidades que vieram ao país. Uma grande parcela de migrantes provém de áreas rurais, onde mais de três quartos das pessoas que passam fome dependem da agricultura de subsistência e dos recursos naturais para se alimentar.
Programação Semana da Alimentação em 2017
Em 2017, a ONU no Brasil teve uma programação oficial de destaque em Brasília. Com o apoio da Igreja Católica, que há anos lança luz às migrações, com uma palestra magna ministrada pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio Rocha. Além disso, o chef de cozinha Alex Atala apresentará o projeto “Fruto: as possibilidades de alimentar o mundo”.
O objetivo do evento foi abordar a associação entre alimentação e migração, mostrando como a disponibilidade de alimentos está diretamente associada a fluxos de deslocamento humanos.
Diversas agendas paralelas serão realizadas por todo o Brasil e no mundo gratuitamente para difundir essa importante mensagem, com atividades como cursos de educação alimentar, mostras de experiências alimentares e nutricionais e disponibilização de cartilhas educativas.
Ainda mais contribuições da FAO
Para além do tema anual, a FAO, com sua Semana Mundial da Alimentação, tem ambições ainda mais estratégicas para a evolução alimentar da população em todo o mundo. Conheça mais sobre a contribuição desse evento para a sobrevivência humana:
- Assegurar uma alimentação saudável
Uma alimentação saudável deve ser realizada de forma equilibrada e diversificada, atendendo às necessidades nutricionais de cada indivíduo para manter o equilíbrio entre o consumo e gasto de energia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emenda a esse conjunto de hábitos a prática regular de atividades físicas como maneira de prevenção de doenças não transmissíveis.
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- Proporcionar alimentos seguros
A segurança alimentar está relacionada a disponibilidade, acesso e utilização de uma variedade de alimentos que contribuem para a alimentação humana saudável de forma estável e permanente, combatendo a fome e suprindo as necessidades nutricionais individuais com o máximo de ética e o mínimo de impacto ambiental possíveis.
- Qualificação da agricultura familiar
A FAO tem trabalhando com governos, agências mundiais da ONU, setor privado, sociedade civil e comunidades locais para promover o potencial da aquicultura e agricultura familiar como uma política de desenvolvimento rural, especialmente em termos de segurança alimentar e redução da pobreza, e fortalecer sua participação econômica nos países.
- Monitorar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A FAO conta com uma agenda até 2030 e oferece apoio para que as nações possam alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, principalmente em três de seus 169 pilares: fim da pobreza, da fome e da desnutrição; desenvolvimento sustentável de agricultura, pesca e silvicultura; e combate e adaptação às mudanças climáticas.