Educação alimentar e nutricional também é assunto de sala de aula

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Educação alimentar e nutricional também é assunto de sala de aula

Precisamos plantar a conscientização alimentar das crianças de hoje para gerarmos adultos mais saudáveis no futuro

Houve um tempo em que os frutos caíam em abundância nos quintais das casas, a mesa era farta de verduras e legumes, as crianças iam a pé para as escolas e depois corriam nas ruas, brincando até à noite.

Os tempos mudaram. O desenvolvimento dos grandes centros urbanos, o excesso de demanda na rotina das famílias, o surgimento da era da tecnologia e dos jogos eletrônicos, a falta de segurança nas ruas, além de outros fatores, impactaram significativamente a saúde das crianças.

O que dizem os números?

Um estudo desenvolvido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em parceria com o Imperial College de Londres, apontou que o número de obesos de 5 a 19 anos de idade saltou de 11 milhões para 124 milhões no período de 1975 a 2016.

Isso demonstra que existem atualmente 10 vezes mais crianças e adolescentes obesos no mundo do que existia há quatro décadas. Um crescimento impressionante num curto espaço de tempo. E as projeções para o futuro não são animadoras: esses números continuam subindo em países de baixa e média renda.

Crianças que crescem sem uma alimentação adequada, equilibrada e com diferentes fontes de nutrientes, têm mais dificuldade em manter hábitos saudáveis na vida adulta, gerando uma população cada vez mais doente.

Algo precisa ser feito para conscientizar as crianças sobre a importância da alimentação adequada para a saúde.

Como mudar esse cenário?

As famílias podem exercer uma influência fundamental na construção dos padrões de alimentação das crianças, no entanto, educação alimentar exige tempo e persistência.

Através da escola, o assunto pode ganhar foco, profundidade e importância.

Pensando nisso, desde 2019, os currículos escolares dos ensinos básico e fundamental do país passaram a incluir o assunto educação alimentar e nutricional nas disciplinas de ciências e biologia, respectivamente. Essa iniciativa faz parte das diretrizes do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), o maior e mais antigo programa do governo brasileiro na área de alimentação escolar e segurança alimentar e nutricional.

Para a execução do PNAE, a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, institui algumas diretrizes da alimentação escolar. Podemos destacar:

Alimentação Saudável e Adequada:

Orienta para o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica.

Direito à alimentação escolar:

Garante a segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social.

Para saber mais, acesse a “Cartilha Nacional da Alimentação escolar”:

A Fundação Cargill também tem atuado em iniciativas que conscientizam as crianças e adolescentes sobre a importância da alimentação saudável. Conheça algumas delas:

  • Olha a Gente Aqui: Idealizado pelo Instituto Asas, o projeto surgiu em 2013 como forma de envolver os jovens estudantes de escolas públicas da cidade de Campinas, colocando-os como protagonistas do aprendizado.Com o apoio da Fundação Cargill, em 2019 o projeto focou suas atividades na realização de oficinas de produção de vídeos e fotografias voltados para o tema alimentação saudável. No total, 1098 estudantes foram beneficiados de forma gratuita pelo projeto.
  • Comer e Brincar na Escola, Serve Pra Quê?: Desenvolvida pelo Instituto Avisa Lá, a iniciativa foi idealizada com o objetivo de qualificar o desenvolvimento dos hábitos alimentares de crianças entre 4 e 5 anos da rede pública de educação infantil.Através da curiosidade dos pequenos, foram explorados os cheiros, texturas e sabores de frutas, verduras e legumes que eles mesmos plantaram e colheram nas pequenas hortas instaladas nas escolas atendidas.

    O projeto também atuou na capacitação de profissionais que trabalham dentro do ambiente escolar. O resultado desse trabalho foi a participação e conscientização de 6.710 estudantes, além do impacto indireto nas famílias e da comunidade.

A Obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. A projeção da OMS é em que 2025, 700 milhões de adultos estejam obesos e 75 milhões de crianças atinjam o sobrepeso ou obesidade, caso nada seja feito.

O desafio de todos é ensinar as crianças e jovens de hoje a se nutrir e não apenas comer. Com essa conscientização vamos conquistar no futuro uma população mais saudável e consciente.


Fontes:

https://educacaopublica.cecierj.edu.br/a-revista
http://www.abeso.org.br/atitude-saudavel/mapa-obesidade
https://claudia.abril.com.br/sua-vida/os-perigos-dos-alimentos-industrializados-para-a-saude-das-criancas-e-como-livrar-se-deles/
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI183524-18300,00.html
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45612-brasileiros-atingem-maior-indice-de-obesidade-nos-ultimos-treze-anos

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