Fundação Cargill apoia projeto de criação de peixes no Paraná

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Fundação Cargill apoia projeto de criação de peixes no Paraná

Contemplada no Edital 2019, iniciativa desenvolvida em Foz do Iguaçu visa fortalecer a produção de pescados alevinos e juvenis em tanques-rede, com forte impacto na comunidade local

A piscicultura – ou a criação de peixes em cativeiro – é uma atividade em crescente desenvolvimento no Brasil e tem no estado do Paraná seu maior produtor. De acordo com dados apresentados no Anuário da Pscicultura Brasileira 2019, divulgado pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), a tilápia é a espécie mais cultivada.

Segundo o portal Presente Rural, a projeção para 2019 é que o estado produza 170 mil de toneladas de peixe contra 140 mil do ano anterior – um crescimento de 20%.

Em números absolutos, a Peixe BR revela que em 2018 a produção de pescados no Brasil alcançou 722,5 mil toneladas, um crescimento de 4,5% superior a 2017.

A Fundação Cargill em parceria com a Cooperativa da Agricultura Familiar e Solidária do Oeste do Paraná (Coafaso) vai incentivar a criação de peixes alevinos e juvenis em tanques-rede berçários.

Essa parceria permitirá a construção de 80 tanques com quatro modelos diferentes que serão instalados junto ao ponto de engorda e de pesca.

“Queremos em 2019 ampliar a potencialidade de produção de peixe por meio de capacitação técnica e acesso a recursos financeiros, e o fortalecimento das redes de comunicação institucionais públicas e privadas, além de promover alimentos seguros, com qualidade e quantidade suficiente respeitando a diversidade territorial e assegurar nutrição da população através de uma alimentação digna e regular vinda da aquicultura familiar. Com a ampliação de produção temos a necessidade de um frigorífico próprio para a Cooperativa para o abate dos peixes” projeta o diretor secretário da Coafaso, Bladimir Lazzarini.

A Fundação Cargil atua há 45 anos com o objetivo central de promover e disseminar conhecimento para uma alimentação segura, sustentável e acessível. Com essas premissas, apoia organizações não governamentais e estimula iniciativas com apoio a projetos que promovam o desenvolvimento agropecuário, a transformação social e a geração de valor na cadeia da alimentação.

O papel da Coafaso, proponente do projeto aprovado pelo edital da Fundação Cargill, é gerir e planejar o processo de produção, criando oportunidades. “Projetos como este oferecem suporte técnico e estrutural para os produtores de peixes desempenharem as atividades e produzir uma renda maior”, explica o diretor da Coafaso.

O berçário

A produção de peixes em tanques-rede é desenvolvida em locais apropriados para instalação de gaiolas flutuantes, onde são criados de acordo com a capacidade de suporte das mesmas.

A criação dos animais varia de acordo com a fase em que eles se encontram. Na fase de alevino, por exemplo, o peixe possui aproximadamente 1 grama de peso enquanto que na fase seguinte, a juvenil, pode chegar a 60 gramas.

Na fase da engorda, cada peixe pode chegar entre 800 gramas e 1 kg de peso. O tempo de desenvolvimento varia para cada espécie de pescado, mas pode ser entre seis meses a um ano ou mais.

Alcançado o peso ideal, os animais são retirados dos tanques e levados ao abate.

“No cultivo tradicional essa transformação de alevino em juvenil é feita em tanque-terra escavado”, explica Bladimir Lazzarini. “O que estamos desenvolvendo de diferente nesse cultivo, é comprar os peixes na fase de alevino e, dentro do ambiente de cultivo, acompanhar seu crescimento até a chegada a juvenil. Ao invés de comprarmos os peixes maiores, estamos conseguindo, através de um manejo específico, aclimatar o peixe no ambiente em que ele será cultivado até alcançar o nível de abate” assinala.

A piscicultura é considerada uma técnica econômica porque reduz drasticamente o risco de mortandade dos animais com uma consequente eficácia de produção. “O processo de aclimatação e adaptação do peixe ao ambiente de cultivo é mais eficaz, e tem possibilitado controlar melhor os elos da cadeia produtiva”, resume o diretor secretário da Coafaso.

Quando a criação em cativeiro se dá com peixes mais desenvolvidos, os riscos de perdas aumentam consideravelmente seja por falta de cuidado no manejo quando, por exemplo, se percebe excesso de pescados nos tanques.

Com menor espaço para se movimentarem, os animais podem morrer e, ao mesmo tempo, causar uma queda importante na qualidade da água, que também pode ser associada aos fertilizantes utilizados na alimentação.

Impacto no produtor e na comunidade

O projeto da Coafaso visa impulsionar a piscicultura da região e tornar a linha de cultivo uma prática sustentável. Para isso, oferece suporte técnico e financeiro aos pequenos produtores da comunidade.

“A produção de peixes em tanques-rede é uma atividade complexa, rentável, porém carece de investimentos. A proposta de trabalhar em grupo possibilita o fortalecimento individual. O trabalho em coletivo é um elemento importante, onde cada qual com suas especificidades e saberes pode contribuir no processo de crescimento da atividade”, revela Bladimir Lazzarini, da Coafaso.

Veja o vídeo abaixo e saiba mais sobre o projeto:

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