Modernização dos alimentos é debatida pelo ILSI Brasil

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Modernização dos alimentos é debatida pelo ILSI Brasil

O International Life Sciences Institute do Brasil – ILSI Brasil – organização criada para contribuir para o melhor entendimento de questões científicas relacionadas à Nutrição, Biotecnologia e Avaliação de Risco, promoveu, no dia 16 de maio, um Café da Manhã para debater o tema “Como a modernização dos alimentos impacta na qualidade de vida das pessoas?”. O debate foi liderado pela Força-Tarefa Estilos de Vida Saudáveis, que é coordenada pelo Dr. Mauro Fisberg, pediatra e especialista em nutrição infantil.

Para traçar um panorama de como as mudanças na alimentação vêm transformando o dia a dia das populações, o ILSI contou com a expertise de diversos profissionais da área abordando a evolução dos alimentos e até as iniciativas da indústria para se adaptar ao aumento do consumo.

A sustentabilidade e a responsabilidade social dentro do contexto do consumo consciente foram abordadas pela Dra. Renata Soares, do Instituto Akatu. A partir de uma análise histórica, a especialista apresentou o descompasso existente entre o consumo e a obtenção de alimentos graças ao aumento da população mundial e das exigências de segurança. “O reflexo hoje está no impacto que estas escolhas alimentares – conscientes ou não – estão provocando no meio ambiente e na própria saúde dos indivíduos, num mundo que convive com excesso de peso e desnutrição”, disse Renata.

O desafio de crescer em 60% a produção de alimentos até 2050 e atender a uma população mundial estimada em 9 bilhões de pessoas foi o ponto abordado pelo Dr. Marcelo Cristianini, engenheiro de alimentos e professor da UNICAMP. O especialista falou sobre o processamento de alimentos e segurança alimentar e destacou o papel da indústria para atender às demandas de consumo. “A indústria também precisa se transformar e criar novos processos de fabricação, com foco na qualidade e buscando quebrar o mito de que alimento processado não é saudável, tem química e não é natural. Melhor comunicação, desenvolvimento tecnológico e boas práticas são os caminhos a serem percorridos.”, aposta Cristianini.

E quando se fala em modernização de alimentos, realmente sabemos do que se trata? Para Dra. Márcia Daskal, nutricionista da Recomendo Assessoria em Nutrição e Qualidade de Vida, antes de debater a modernização dos alimentos faz-se necessário questionar o que são os alimentos modernos. “Não é moderno só porque foi processado pela indústria. Não há alimentos do bem e do mal e os impactos não envolvem só o indivíduo, mas todo o entorno, do plantio ao consumo, num ato essencial de sobrevivência e conexão, com toda a cadeia”.

Um ponto foi unânime entre os especialistas: a educação é o único caminho para atingir um nível de consumo consciente, com menos desperdício, mais alimentação saudável, moderada e não radical, sem eleger vilões ou endeusar alguns alimentos.

Além disso, o engajamento e a participação de outros atores do setor nos debates são fundamentais para a mudança de pensamento. “Cada setor deve estabelecer sua responsabilidade. O Governo tem que fiscalizar rigorosamente a questão da segurança. Cabe a todos avaliar as condições de uso e segurança de toda a cadeia produtiva, desde a escolha dos fornecedores, passando pelo ato da compra até o preparo dos alimentos em casa. Cabe também à indústria divulgar informações mais claras, para que os alimentos industrializados não sejam vistos de forma tão negativa, como são vistos hoje. E por fim, a alimentação não deve ter só o propósito de nutrir, mas proporcionar prazer e despertar no indivíduo a consciência de que o alimento é um bem de todos”, finalizou o professor Mauro Fisberg, Coordenador da Força-Tarefa Estilos de Vida Saudáveis do ILSI Brasil.

 

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